Uma empresa, diversas oportunidades: tudo que eu vivi (e por onde passei) em 16 anos de Bosch
Que a Bosch é uma empresa multinacional, presente em aproximadamente 60 países, isso você muito possivelmente já sabe. Mas já parou pra pensar no que isso pode significar para sua carreira? E se eu te disser que trabalhar na Bosch Brasil hoje pode ser o primeiro passo para você alçar voos pelo mundo?
Minha história é um bom exemplo disso, e é um pouco dela que eu gostaria de compartilhar nesse post!
Eu me chamo Elton Escaleira e estou na Bosch desde 2006. Mas minha relação com a área de tecnologia começou de fato um pouco antes disso, em 2002, quando decidi cursar Informática no Cotil, o Colégio Técnico de Limeira. Na época, eu ainda não sabia se iria optar pela graduação em Engenharia Civil ou em algo relacionado à computação, e esse curso técnico foi o grande tira-teima. Durante esses anos, gostei muito do tema Programação, e por isso resolvi dar continuidade aos meus estudos na área ingressando em Análise de Sistemas, na PUC-Campinas.
Escolhi um curso noturno com o objetivo de entrar no mercado de trabalho o mais rápido possível. Ainda no segundo ano da faculdade iniciei um primeiro estágio na Receita Federal e pouco tempo depois surgiu a oportunidade de participar do programa de estágio da Bosch, em que me inscrevi e fui aprovado!
Já no processo seletivo eu tive um gostinho do que viveria na Bosch em relação à diversidade de oportunidades. A entrevista que eu estava fazendo seria para a área de desenvolvimento de softwares, mas o gestor que conversava comigo me contou que havia outras vagas para trabalhar com hardware e infraestrutura, e por isso me perguntou onde eu preferiria atuar. Optei por me manter no desenvolvimento de softwares, mas ali eu já comecei a perceber que estava entrando em uma empresa com um amplo horizonte de oportunidades.
O início
E assim, em 2006, eu ingressei na Bosch como estagiário. Minha primeira missão era trabalhar no desenvolvimento de SAP junto à área de Recursos Humanos. Nos primeiros meses, minha função era mais relacionada a dar suporte e corrigir pequenos erros, mas algum tempo depois comecei a fazer alguns desenvolvimentos mais avançados. Eu pude participar, por exemplo, da criação de um software para movimentação de pessoal que é utilizado até hoje na Bosch.
Foi quando surgiu uma vaga para ser um colaborador efetivo. Como fui muito bem-preparado no estágio, trabalhando em diferentes projetos, consegui ser contratado em 2008, na mesma função de desenvolver SAP para a área de RH, mas agora com mais responsabilidades.
Logo de cara a Bosch investiu em minha capacitação. Participei de vários treinamentos, evoluí profissionalmente e, em 2011, já nutria um grande sonho para minha carreira: atuar em projetos internacionais e, se possível, conseguir uma expatriação para ter a experiência de trabalhar fora do Brasil.
Para que isso acontecesse, eu precisaria buscar novos caminhos dentro da própria Bosch. Os projetos na minha área trabalhando junto com o RH eram todos focados em melhorias de processos regionais ou relacionados com mudanças na legislação brasileira. Não havia muita chance de colaboração em projetos internacionais. Por isso, solicitei um job rotation para mudar de área, ter a oportunidade de usar mais o inglês no dia a dia e assim seguir caminhando para este sonho da expatriação. E fui atendido! Passei por um processo de transição de alguns meses até que consegui uma vaga em uma área com projetos de software relacionado a processos de Planejamento de Produção, ainda na área de SAP.
Esquentando as turbinas
Como o módulo de Planejamento de Produção costuma ter processos mais padronizados globalmente, nesta nova função eu consegui, de fato, começar a atuar em projetos internacionais. Em 2012, a Bosch estava fazendo rollouts em todo o mundo de um de seus sistemas automotivos, e por isso tive a oportunidade de trabalhar em um desses projetos em uma planta da Bosch no México. Atuei nesta função daqui do Brasil por um tempo, mas também pude viajar para o México e trabalhar lá por algumas semanas durante as fases mais críticas do projeto.
Participei de um treinamento na Alemanha e, em seguida, da implementação de uma aplicação global em Curitiba, o que rendeu mais uma viagem para a Alemanha, onde pude visitar diversas plantas da Bosch para aprender melhor os processos dessa aplicação. Foram ótimas experiências, mas ainda faltava alguma coisa, e a cada viagem eu me animava ainda mais para conseguir a tão desejada expatriação!
Hallo Deutschland! — ou Olá, Alemanha!
Em 2014, o sonho enfim saiu do papel. Um amigo encontrou uma oportunidade de trabalho na Alemanha anunciada no Bosch Connect (nossa rede social interna) e que, segundo ele, era “a minha cara”. Era uma função bem técnica, e eu acreditava que tinha vários dos pré-requisitos. Respirei fundo, fiz a aplicação e, mais uma vez, tudo deu certo! Passei pelo processo seletivo e fiz mais um job rotation, desta vez para Alemanha, onde trabalharia pelos próximos quatro anos!
Assim, eu e minha esposa começamos o processo de expatriação. Este processo é bastante complicado, mas recebemos muito apoio da Bosch, seja diretamente com profissionais qualificados para ajudar na elaboração de todos os documentos necessários para realização do contrato, visto e demais burocracias legais, ou mesmo com ajudas indiretas, como o curso de idioma (alemão), um workshop sobre experiencia intercultural e até oferecendo uma “viagem de informação”, na qual minha esposa e eu ficamos uma semana por lá para conhecer a cidade, buscar uma moradia e termos a certeza de que aquilo era o que realmente queríamos. Foram só três meses desde a minha aprovação no processo seletivo até desembarcarmos definitivamente na Alemanha, em julho de 2014.
E aí vai uma história curiosa, engraçada e até um pouco trágica. Julho de 2014. Um casal de brasileiros… chegando na Alemanha. Se você gosta de futebol, já deve ter se ligado. Pois é: o 7x1. E, acredite ou não, eu cheguei ao meu novo país uma semana antes de enfrentarmos a Alemanha na Copa do Mundo de 2014. O Brasil fazia uma boa campanha naquela Copa. Estávamos todos animados e nos encontramos na casa de alguns amigos brasileiros para assistir ao jogo. O resto da história todos já sabem. Tivemos que passar por essa situação constrangedora com a cidade em festa pela vitória alemã! No dia seguinte, eu percebi que meus novos colegas de trabalho queriam muito me zoar, mas acho que eles não tiveram tanta ousadia pra isso. Não sei se por ainda não termos tanta intimidade assim, já que eu havia chegado há apenas uma semana… ou se por terem se compadecido da minha situação. 😂
A vida na Alemanha e a transição para o retorno
Enfim, apesar desta primeira situação constrangedora, minha experiência na Alemanha foi maravilhosa. Meu desenvolvimento profissional foi enorme, atuei em mais de um papel (desenvolvedor, arquiteto, Scrum Master) e em diversos projetos em conjunto com várias divisões da Bosch, com os mais diversos requisitos e desafios.
Pessoalmente, esses anos também foram marcantes. Fizemos diversas viagens pela Europa, realizei um sonho de ver a aurora boreal e, o mais importante, tivemos o nosso filho Maximilian por lá, no final de 2018.
Consideramos a opção de ficarmos por lá em definitivo, mas a vontade de ficarmos próximos à família falou mais alto e acabamos apenas estendendo a expatriação por mais dois anos. Nesse período, aproveitei para buscar uma nova função em que eu pudesse ser responsável para dar continuidade após retornar para a Bosch no Brasil.
Participei de um projeto com objetivo de avaliar uma plataforma LowCode chamada Outsystems e o resultado foi um sucesso. Conseguimos entregar uma aplicação funcional que provou o valor da plataforma e fez a iniciativa continuar. Com toda a experiência adquirida, consegui me tornar responsável pela gestão da plataforma na empresa.
De novo no Brasil
Em julho de 2020, eu e minha família retornamos ao Brasil. Antes de conseguirmos voltar passamos por um período conturbado, porque a data marcada para o retorno foi bem no meio da pandemia. Mais uma vez contamos com o suporte da Bosch, que ajudou em todo o processo de mudança, auxiliou no reagendamento de voos e até colaborou na extensão do meu visto, já que nossa viagem acabou sendo postergada por algumas semanas.
Enfim, conseguimos retornar, e de fato passei a atuar como responsável pelo LowCode Outsystems. Está sendo uma experiência bem proveitosa: a plataforma está crescendo e estamos com clientes no mundo todo — então continuo atuando em projetos internacionais.
E um ponto bacana é que, desde que retornei da Alemanha, comecei um processo de desenvolvimento de carreira por meio do Talent Pool, um grupo de talentos da Bosch para o qual eu fui indicado assim que voltei. Com o auxílio desse grupo e suas ferramentas de desenvolvimento, venho construindo um plano de carreira para atuar na gestão de produto e futuramente, quem sabe, trabalhar também com a gestão de pessoas.
Um olhar para trás… e outro para o futuro
Bom, esse é um pequeno resumo do que eu vivi nesses 16 anos de Bosch. Ao olhar para minha trajetória, posso dizer com tranquilidade que, em termos de experiência e capacitação, é difícil de imaginar alguma outra empresa em que eu teria me desenvolvido mais. Desde que entrei, tive a oportunidade de trabalhar em diversos tópicos, em diferentes países e auxiliando várias áreas e clientes. Além disso, tive a oportunidade de passar por inúmeros treinamentos para desenvolvimento técnico e pessoal. Não tenho dúvidas de que o Elton de hoje é um profissional incomparavelmente mais capacitado — e com muitas histórias na bagagem — em comparação ao jovem Elton que ingressou na Bosch como estagiário, lá em 2006.
Agora quero seguir nessa trilha da gestão de produto, mas o próprio desenvolvimento de carreira por aqui é algo flexível, que sempre está mudando, então sei que posso buscar diferentes oportunidades se assim quiser. No aspecto pessoal, queremos permanecer no Brasil e curtir um pouco a família — e, é claro, permitir que os avós possam aproveitar a companhia do neto mais de perto!
Mais pra frente, quem sabe uma nova expatriação? Estou no meio da minha carreira profissional, ainda longe de me aposentar, então tudo pode acontecer. O melhor de tudo é saber que, aqui na Bosch, tenho condições de alcançar os mais diversos sonhos — seja permanecer na trilha em que estou hoje ou mudar completamente de área, seja continuar no Brasil ou nos mudarmos para o outro canto do mundo!
O que o futuro me reserva? Essa é uma boa pergunta. Mas, estando na Bosch, tudo é possível!
Obrigado por acompanhar um pouco da minha história! E se você também quer uma trajetória profissional com vários possíveis caminhos a serem trilhados, que tal dar uma olhada em nossa página de carreira e ver as vagas disponíveis? É só clicar aqui.
Até a próxima!
Texto produzido em formato ghostwriting, em junho de 2022, para a página "Bosch Tech Brasil", no Medium. Você pode acessar este conteúdo em sua publicação original clicando aqui.
Foto da capa: Pixabay